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Mostrando postagens de julho, 2008

Rio Jari: hidrelétrica para produzir celulose no coração da Amazônia

Rio Jari: energia para celulose Por Telma Monteiro Jari é uma variação da palavra indígena airi. Significa "rio da castanha". O rio Jarí é afluente na margem esquerda do rio Amazonas e limita os estados do Pará e Amapá. O município de Laranjal do Jari (Amapá) tem aproximadamente 37 mil habitantes às margens do rio e que vivem em palafitas de até dois andares. Laranjal do Jari já foi a campeã em prostituição infantil. A hidrelétrica no rio Jari acabaria com a exuberante Cachoeira de Santo Antônio e só beneficiaria a empresa Jari Celulose e sua indústria poluente de papel. Continua Famílias extrativistas da Reserva do Cajari insistem que é possível um desenvolvimento sustentado utilizando a floresta de maneira equilibrada e sem necessidade de se construir uma hidrelétrica no rio Jari. A Jari Celulose ocupa 1.734.606 hectares distribuídos em terras nos Estados do Pará (55%) e do Amapá (45%), cortadas pelo rio Jari, que faz a divisa entre os dois estados. Na região do Jari v

Ibama: licença de Santo Antonio não deve sair hoje

Agencia Estado Diferentemente do que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou no início deste semana, o Ibama não deverá liberar hoje a licença de instalação da usina hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia. Segundo o presidente do Ibama, Roberto Messias, a expectativa é de que a autorização para o início das obras da usina saia em até uma semana. "São apenas poucos dias. Para uma obra desse tamanho isso não compromete o cronograma", disse Messias. Segundo ele, o Ibama ainda não pode liberar a licença porque está aguardando a entrega de alguns documentos do consórcio que vai construir a usina, liderado pela estatal Furnas e pela construtora Odebrecht. O documento mais importante que está faltando, s

Matriz energética. O Brasil na contramão da história.

Entrevista concedida à equipe do site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU) , publicada hoje. Página inicial IHU Para a pesquisadora autônoma na área de energia Telma Monteiro , os projetos de construção de hidrelétricas no Rio Madeira e em Belo Monte somam uma série de problemas não considerados pelo governo federal brasileiro. Em relação à matriz energética do país, ela diz que o Brasil está sendo ultrapassado, pois não vem aproveitando seus recursos para ser menos atingido pelas conseqüências do aquecimento global. “Nós estamos indo completamente na contramão da história. Ficamos em 42° no ranking de países que sofrerão os impactos das mudanças climáticas, entre 168 países. Não estamos prevenindo nada. Continuamos a desmatar a floresta Amazônica e a destruir nossos ecossistemas importantes e cruciais com usinas do porte dessas do Rio Madeira e Belo Monte ”, afirmou ela na entrevista que segue, concedida à IHU On-Line por telefone. Desde 2002, Telma Monteiro analisa os documentos

O verdadeiro imbroglio do Madeira

O jornal O Estado de S. Paulo, na edição de hoje (28 de Julho) faz um resumo sobre a disputa entre os vencedores dos leilões das Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, chamando-a de "imbroglio". Até aí, tudo bem. Na verdade o impasse recrudesce as dúvidas da sociedade quanto aos verdadeiros custos sociais e ambientais dos empreendimentos. O grupo que levou, no leilão da Aneel, a usina de Santo Antônio, capitaneado por Furnas e Odebrecht, afirma que a mudança da localização pretendida pelos vencedores da usina de Jirau, liderado pela Suez, vai trazer maior impacto ambiental e alagar uma área maior. Já passou da hora da manifestação dos técnicos do Ibama sobre os estudos ambientais decorrentes da mudança de Jirau e da explicação da Aneel sobre os custos de Santo Antônio apresentado por Furnas e Odebrecht. Afinal a Aneel homologou o resultado do leilão de concessão que contraria os dispositivos da Licença Prévia e o Ibama concedeu uma Licença Prévia q

Mudanças nos projetos das usinas Santo Antônio e Jirau.

Hoje o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou as alterações no arranjo de projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira. Divulguei essa mudança no dia 17 de julho. Confira: Usinas do Madeira: Santo Antônio e as mudanças no arranjo do projeto (I) e Dropes do dia 17 07 08

Sem escolha

Ótima matéria de Andreia Fanzeres, O Eco, sobre os estudos de inventário de PCHs nas bacias dos rios Juruena e Aripuanã e a tensão das lideranças indígenas que não querem a presença do Exército e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em suas terras. Andreia Fanzeres 23.07.2008 Entre os dias 8 e 12 de julho, índios das etnias rikbaktsa, cinta-larga, arara, apiaká, kayabi, munduruku e enawene nawe foram à cidade de Juína (MT) para participar de reuniões promovidas pela Funai e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na pauta, novos pedidos de autorização para que técnicos do setor elétrico terminem seus levantamentos dentro das terras indígenas, e mensagens deixadas no ar a respeito da possibilidade do Exército interceder, caso necessário. O objetivo é concluir o inventário das bacias dos rios Juruena e Aripuanã, primeiro passo para a realização de estudos de viabilidade econômica de novos empreendimentos hidrelétricos. Mapas preliminares in

Hidrelétrica danificada no Equador foi construída pela dupla Furnas/ Odebrecht com dinheiro do BNDES

A central hidrelétrica San Francisco, primeira usina no mundo totalmente subterrânea, está localizada no sopé do vulcão Tungurahua, 220 km ao sul de Quito, Equador, e gera 230 MW. Ela custou US$ 338 milhões – dos quais 75% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Leia a matéria toda A responsável pelas obras civis é a construtora Norberto Odebrecht, que tem participação de 20% na hidrelétrica. A fiscalização do projeto ficou nas mãos do consórcio formado por FURNAS e a empresa equatoriana Integral. Quando a central hidrelétrica foi inaugurada, o consórcio FURNAS/Integral recebeu elogios da Controladoria Geral da República do Equador: “ pela primeira vez no país, uma obra foi devidamente fiscalizada (grifo meu)”; “Do ponto de vista de qualidade, o padrão de San Francisco é equivalente ao das boas obras brasileiras”. Já no ano passado (2007), alguns dias depois da inauguração, as fortes chuvas comprometeram o fornecimento da energia gerada nas us

Aneel confirma vitória do grupo Suez no leilão de Jirau

Lula: promessa a Evo Morales

Luis Fernando Novoa comenta as promessas de Lula a Evo Morales sobre o financiamento para a estrada La Paz - Guajará Mirim pelo BNDES e a construção de uma hidrelétrica binacional: "Parece que o financiamento do BNDES para a estrada La Paz-Guajará Mirim, incluindo a ponte binacional (230 milhões de dólares) faz parte de uma negociação maior que inclui o Complexo do Madeira. Na verdade, como dizem os próprios porta vozes, é o corredor bioceânico em implementação, ou seja o mesmo previsto no Eixo Peru Brasil Bolívia. No agrupamento 2 desse eixo da Iniciativa para Infra-Estrutura Sulamericana (IIRSA), esse trecho é o projeto âncora, e a estimativa (de 2004 ) é quase o investimento anunciado (250 milhões de dólares). O BNDES confirma sua vocação de ser o verdadeiro Banco da IIRSA. Quando se antecipam os investimentos para a infra-estrutura a serviço do grande capital (sojeiros, pecuaristas, mineradores) não se garante a expansão e qualificação dos serviços públicos essenciais, não s

Pérolas da "Energia"

"Alguns programas ambientais têm que ser tocados cientificamente da mesma forma, eu não posso ter o mosquito Jirau da malária e o mosquito Santo Antônio de malária, porque só quem vai ganhar é o mosquito", explicou Paranhos à Reuters. "A mesma coisa acontece com os bagres, a gente tem que ter um mecanismo de transposição de peixes semelhante, senão o peixe sobe lá mas não sobe aqui, ou sobe aqui e não sobe lá", complementou. Frases do presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, sobre a pretensa mudança da usina de Jirau e impasse com a Odebrecht.

Usinas no rio Tapajós

Os estudos iniciais para as usinas hidrelétricas no rio Tapajós indicam a utilização de turbinas bulbo, como as previstas nas hidrelétricas do rio Madeira. Continua Como a ex-Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alardeou com desconhecimento técnico, diga-se de passagem, que usinas a fio d'água reduziriam os impactos ambientais, parece que resolveram adotar a moda. Precisam explicar para Marina Silva que só muda mesmo é a posição das turbinas, a bulbo fica na horizontal praticamente no leito do rio e é usada para usinas em rios de planície e a Kaplan fica na vertical com a tomada da água mais alta e é usada para usinas em rios de vales. O resultado é o mesmo quanto aos impactos provocados pelos reservatórios: o de superfície (baixa queda com turbina bulbo) mantém perenes as áreas alagadas sazonalmente e aproveita a velocidade do rio; o de alta queda com turbina Kaplan necessita de concentração maior de volume de água. Claro que essa explicação é simplista, no entanto como a ex

Rio Tapajós: o governo vai tirar do papel a usina de São Luiz

O governo tenta incluir o projeto hidrelétrico de São Luiz, no Rio Tapajós, já no próximo Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE), que será enviado pela EPE ao Ministério de Minas e Energia ainda este mês. Com capacidade de 10 mil MW, o projeto pode tornar-se a próxima grande usina do País após Belo Monte, no Xingu, que deve ser licitada ainda em 2009. "Estamos na fase de estudo de inventário, nos aproximando da viabilidade econômica", disse o secretário do ministério, Altino Ventura Filho, para quem a nova hidrelétrica poderia entrar em operação no fim da próxima década. (O Estado de são Paulo- 18.07.2008) Leia também: Plano prevê, agora, 2 hidrelétricas no rio Tapajós

Investimento em pequenas hidrelétricas atinge R$ 15 bi

Valor Econômico Maurício Capela Há 238 pequenas hidrelétricas em gestação no país. Se todas saírem do papel, em prazo muito curto - a construção de uma PCH leva no máximo dois anos - o país poderá contar com potência instalada para a geração adicional de energia elétrica equivalente a uma usina do rio Madeira, algo como 3,7 mil megawatts (MW). Desse total 1,4 mil MW estão em construção e 2,3 mil MW em outorga na Aneel. Continua Leia também: Geradoras e fundos apostam em PCH

Audiência Pública sobre aperfeiçoamentos das normas para outorgas de novas PCHs tem novo prazo para contribuições

Os interessados em contribuir com a proposta de resolução que trata de novas regras para registro, elaboração, aceite e outorga de autorização para implantação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) terão novo prazo para envio de sugestões por escrito: 31 de agosto, de acordo com o aviso de alteração publicado hoje no Diário Oficial da União. O período inicial se encerraria às 18 horas de hoje (18/07). A proposta da Aneel, que está em audiência pública desde o último dia 12 de junho, traz aperfeiçoamentos à Resolução n° 395/1998 com o objetivo de otimizar e simplificar o processo de outorgas de PCHs. As principais alterações que estão em discussão consistem em quatro premissas: foco das avaliações na caracterização do potencial hidráulico; redução no tempo de tramitação de um processo; novos critérios para desempate, no caso de dois ou mais empreendedores interessados no mesmo aproveitamento; e aplicação de penalidades que evitem o não cumprimento dos requisitos dispostos na prop

Dropes do dia 17 07 08

Tendo em vista que o arranjo do projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, sofreu alterações depois de concedida a Licença Prévia, e que o consórcio vencedor da usina de Jirau está propondo uma nova localização para o empreendimento, vale perguntar: As obras civis das usinas de Santo Antônio e Jirau foram superestimadas? O empreendimento que seria construído, no caso de Santo Antônio, custaria menos com o arranjo alterado depois da Licença Prévia? A alteração do arranjo do projeto de Santo Antônio poderia, se concebido antes da Licença Prévia, fazer com que o custo do MWh leiloado fosse menor para o contribuinte? A sociedade deve questionar a tentativa de mudança da localização da usina de Jirau, pela Suez (líder do consórcio vencedor do segundo leilão) e, também, questionar um possível superdimensionamento das obras da usina de Santo Antônio? A Odebrecht, vencedora com Furnas do leilão de Santo Antônio, estaria mais interessada num arranjo de projeto que custasse mais, já que

Usinas do Madeira: Santo Antônio e as mudanças no arranjo do projeto (I)

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Texto do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), antes da Licença Prévia "Na margem esquerda: 44 unidades da Tomada d’Água / Casa de Força, com largura de bloco igual a 22,60m, divididas em dois conjuntos de 24 e 20 unidades, separados pela Área de Montagem Auxiliar;" Texto do Projeto Básico Ambiental (PBA), depois da Licença Prévia "Na margem esquerda: 24 unidades da Tomada d’Água/Casa de Força, divididas em dois conjuntos de 12 e 12 unidades, separados pelas Áreas de Montagem Auxiliares AM-3 e AM-4; Muros Divisores em concreto compactado a rolo (CCR), transversais ao eixo do barramento, com extensão a montante e a jusante para encosto de ensecadeiras auxiliares, a montante e a jusante;"

Marina Silva responde a críticas bolivianas a barragens brasileiras no Rio Madeira

16/07/2008 - 15h45 A senadora Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, afirmou nesta quarta-feira (16), em reunião do Conselho Diretor do Parlamento Amazônico, que o Brasil demorou cinco anos para aprovar o licenciamento ambiental das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio justamente para resolver problemas ambientais nos territórios brasileiro e boliviano. Em dois desses cinco anos, o processo ficou em suas mãos, disse Marina Silva. As declarações da senadora foram feitas em resposta a críticas da representação boliviana à construção de barragens no Rio Madeira. Para evitar o assoreamento da barragem e não prejudicar a circulação dos peixes pelo rio, por exemplo, foi trocado o tipo de turbina comum pela turbina de fio d'água e retirada do projeto a previsão de eclusas, disse a ex-ministra. - Com as turbinas de fio d'água, o lago que se formará com a represa será diminuído em oito vezes em relação ao projeto original e isso resolverá o problema da área inundada, que

Santo Antônio: também foram feitas alterações no arranjo do projeto, depois da Licença Prévia

São documentais as provas que mostram as alterações que foram feitas no arranjo do projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira. O consórcio Mesa, depois de obtida a Licença Prévia, alterou a disposição das tomadas de água na margem esquerda da cachoeira de Santo Antônio. Essa mudança no projeto está clara quando se compara os dados técnicos que estão no EIA, inclusive com desenhos, e os que estão no PBA. Ainda hoje devo expor os textos dos documentos que comprovam as mudanças.

UHE Itaocara: o pesadelo está de volta

Jorge Borges Após anos no ostracismo, o projeto da UHE Itaocara está de volta. Nos últimos dias 12 e 13/07/2008, uma equipe de cinegrafistas, cientistas e comunicadores sociais visitou os municípios ameaçados pela barragem. Há mais de 20 anos, sucessivos grupos empresariais persistem em suas tentativas de implementar o projeto que já provou ser totalmente inviável tanto do ponto de vista econômico-energético, como do sócio-ambiental. Uma teimosia movida a muitos milhões de reais, mas que tem levado a uma longa e cruel limitação do acesso de mais de 3.000 famílias a serviços públicos de melhor qualidade e ao crédito para os pequenos agricultores e comerciantes. Além dos prejuízos materiais, as dezenas de comunidades dos municípios atingidos, além do distrito urbano de São Sebastião do Paraíba, em Cantagalo (RJ), vivem, uma vez mais, o clima de terror engendrado pela Light, uma vez que a falta de informações e o clima de ameaça constante continua. Agora, após uma grande reestruturação so

Decisão sobre Jirau

O recurso movido pelo consórcio Jirau Energia, que questionou o resultado do leilão da segunda usina hidrelétrica do rio Madeira está na pauta da reunião de julgamentos de hoje da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) (págs. 1 e B8) Valor Econômico Fonte: Brasil Wiki. Leia a notícia na íntegra

Hidrelétricas já licitadas: aguardam licença ambiental ou decisão da justiça

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Licenciamento das Hidrelétricas do rio Madeira: a verdade sobre o assoreamento dos reservatórios e o especialista Sultan Alam

Licenciamento das Hidrelétricas do rio Madeira: a verdade sobre o assoreamento dos reservatórios e o especialista Sultan Alam

A batalha contra o aquecimento global já está perdida, por Henrique Cortez

Precisamos vencer a luta contra nós mesmos ou muito perderemos. Muito mais do que apenas o nosso perdulário padrão de consumo. [EcoDebate] O movimento ambientalista evita dizer a verdade sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas, temendo que isto incentive uma atitude de inércia, em relação às mudanças necessárias. Leia o artigo inteiro

Falta energia ou falta visão?

Washington Novaes O tema das barragens e usinas hidrelétricas volta a ocupar espaço abundante no noticiário, por muitas razões: 1) Por ser essa uma fonte renovável e menos poluente de energia, num momento de crise, e que abre a possibilidade de reduzir, com seu uso, as emissões de gases que intensificam o efeito estufa e acentuam mudanças climáticas; 2) pelo ângulo oposto, por estar o Brasil levando adiante vários projetos nessa área, quando alguns estudos mostram a possibilidade de, com conservação e eficiência energética, até reduzir consideravelmente nosso consumo de energia, além de poder recorrer muito mais do que o faz a outras fontes menos problemáticas (eólica, solar, de marés, biocombustíveis, principalmente); 3) porque a construção de hidrelétricas sem preocupação de implantar eclusas que permitam a navegação dificulta depois o aproveitamento desse meio de transporte (onde seja viável e sem custos excessivos); 4)

Manifesto pelas Serras e Águas de Minas

Os passivos da mineração e a irresponsabilidade dos governos O Movimento pelas Serras e Águas de Minas entende que as paisagens – os horizontes – e as águas são parte inexorável do patrimônio cultural e ambiental de Minas Gerais e sua população. Somos testemunhas de um processo de condenação ambiental jamais visto no Estado, pela destruição e ameaças às águas superficiais e subterrâneas e a marcos e continuidades que marcam um dos conjuntos naturais e paisagísticos mais notáveis e singulares do Brasil. Continua

Proposta do edital do leilão das linhas de transmissão do Complexo Madeira sob consulta .

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje (08/07) em reunião de diretoria colegiada a instauração de Audiência Pública documental para obter contribuições à proposta do edital do leilão 007/2008 de empreendimentos que vão conectar as usinas do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, em Rondônia, ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Leia mais

Dropes do dia

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Peru: Hidrelétrica Inambari A ambição por geração de energia elétrica com grandes hidrelétricas e com o sacrifício de preciosos ecossistemas parece não ter limites para a Eletrobrás/Furnas. Não bastasse o ataque aos rios da Amazônia brasileira, o governo do Brasil, através das estatais, lançou seus tentáculos para criar impactos no país vizinho, o Peru. Continua O Brasil assinou em Maio um protocolo de intenções para a construção de hidrelétricas na América do Sul, e em especial no Peru. A maior delas, no vale magnífico do rio Inambari, custará R$ 3,2 bilhões e terá capacidade de gerar 1,5 mil MW. Esses números divulgados sobre custos de grandes obras, ora em dólares, ora em Reais, sempre parecem irreais se comparados a outros como o da usina de Santo Antônio que, para gerar 3,3 mil MW, precisará de R$ 14 bilhões. As contas nunca fecham para nós simples mortais! A diferença nesse caso, entre a futura Inambari, no Peru e Santo Antônio, no Brasil, seria relativa a custos ambientais ou

Licenciamento das Hidrelétricas do rio Madeira: a verdade sobre o assoreamento dos reservatórios e o especialista Sultan Alam

Telma Delgado Monteiro Todos devem estar lembrados que depois das dúvidas levantadas sobre a questão do assoreamento dos reservatórios das hidrelétricas Santo Antônio e Jirau devido ao considerável aporte de sedimentos do rio Madeira, o governo contratou um especialista internacional chamado Sultan Alam. Sultan Alam foi contratado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) para "confirmar" a tese contida nos estudos de Furnas e Odebrecht de que não haveria assoreamento dos reservatórios e perda da vida útil dos empreendimentos. Ele elaborou seu parecer baseado na revisão de vários relatórios, visita ao rio e local previsto para o projeto e nas análises das características de transporte de sedimentos com condições naturais e com o reservatório a fio d’água. Continua O relatório, originalmente em inglês, foi traduzido na íntegra pelo MME em Janeiro de 2007. A minuta em inglês só foi encaminhada ao Ibama em 24 de Abril de 2007. A versão disponibilizada pelo Ibama, em portuguê

Rio Juruena: Obra beneficia grupo de Blairo Maggi, diz promotor

Dados reunidos pelo Ministério Público de Mato Grosso apontam que uma mudança de traçado na linha de transmissão da hidrelétrica de Dardanelos beneficiou pequenas centrais hidrelétricas do grupo Amaggi, da família do governador Blairo Maggi (PR-MT). Do complexo de nove PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) do rio Juruena, cinco são do grupo Amaggi. Os dados constam da ação que conseguiu suspender a licença ambiental da linha. A construção das pequenas hidrelétricas, cujas licenças foram expedidas pelo governo mato-grossense, também é contestada na Justiça. Segundo o Ministério Público, o primeiro plano de construção da linha de transmissão, proposto no EIA-Rima (estudo de impacto ambiental) de Dardanelos, em 2005, previa que o "linhão" ligaria a usina ao Sin (Sistema Integrado Nacional) por Sinop (506 km de Cuiabá). No ano passado, quando o relatório de impactos do "linhão" foi apresentado pela Eletronorte, a idéia inicial foi descartada. Surgiu o plano, chancelado

PCHs no rio Juruena: Manifesto das etnias ENAWENE-NAWE, RIKBAKTSA, CINTA-LARGA, ARARA, MYKY, IRANTXE, KAYABI, APYAKA E MUNDURUCU

As Etnias ENAWENE-NAWE, RIKBAKTSA, CINTA-LARGA, ARARA, MYKY, IRANTXE, KAYABI, APYAKA E MUNDURUCU. Já Mandamos Documentos para todas as Autoridades para Resolver os nossos Problema, mas ninguém resolveu e não atendeu nada, só enrolam, os nossos problemas são: 1 - Falta de atendimento e Assistência de Saúde nas aldeias, nos pólos de saúde e casa de saúde indígenas da região. 2 - Também resolver os problemas das PCH'S que estão construindo no Alto do Juruena, o Juiz já mandou paralisar as obras e até agora não pararam, e nós estamos sendo prejudicados e impactados e não recompensaram os prejuízos causados nas nossas comunidades. 3 - Resolver o problema da compensação dos impactos causados pela PCH Juina/ Rede Cemat (Cinta-Larga). 4 - Fazer estudo de impactos ambientais e compensar os Araras e Cinta-Larga sobre o prejuízos da Construção da Hidrelétrica Dardanelo em Aripuanã, que está em construção. 5 - Queremos que as Prefeituras aplique 40% dos recursos do ICMS-ECOLÓGICO diretamente n

Aneel suspende registro de 937,08 MW de aproveitamentos do Rio Juruena

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Rio Juruena Estudos e projetos de aproveitamentos e novos inventários ficam suspensos enquanto não for concluída AAI, segundo despacho da agência no DO A Agência Nacional de Energia Elétrica suspendeu a emissão de registros para elaboração de estudos e projetos de aproveitamentos do Rio Juruena, enquanto não for concluída a Avaliação Ambiental Integrada da bacia do rio. Segundo o despacho publicado pela Aneel no Diário Oficial da União de quinta-feira, 3 de julho, os registros de estudos de 30 aproveitamentos, com potência estimada entre 1,15 MW e 241,20 MW, têm total de 937,08 MW. A decisão é extensiva a novos inventários hidrelétricos na bacia. Com a medida, a Aneel suspendeu os aproveitamentos de Roncador (134 MW), Cinta Larga (193,7 MW) e Kabiara (241,2 MW), entre outros. Fonte GTEnergia, Mayron Regis

É dada a partida para leilão de energia

O Conselho Nacional de Desestatização (CND) propôs ontem, em resolução publicada no Diário Oficial da União, a inclusão das linhas de transmissão de energia elétrica das hidrelétricas que serão construídas no Rio Madeira no Programa Nacional de Desestatização (PND), dando início ao processo que irá licitar os empreendimentos. De acordo com a resolução, o governo federal licitará duas alternativas tecnológicas para escoar a produção de energia das usinas de Jirau e Santo Antônio: um conjunto de linhas em corrente contínua e um conjunto de linhas em corrente alternada e em corrente contínua. A alternativa em corrente contínua é formada por seis linhas de transmissão, atravessando os Estados de Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, e por duas subestações, além de unidades conversoras e inversoras de corrente alternada e corrente contínua. Essa solução ligará Porto Velho (RO) a Araraquara (SP). Já a alternativa hídrica entre corrente contínua e corrente alternada compreen

Talk Show debate hidrelétricas na Amazônia

Construção de usinas no rio Madeira pode aumentar o desmatamento, causar extinção de espécies e prejudicar saúde da população local. Jornalistas e especialistas debatem esses impactos ao vivo no IG na próxima sexta-feira. Participe! Na próxima sexta-feira (4), internautas poderão tirar suas dúvidas sobre a polêmica construção de hidrelétricas na Amazônia, durante o Talk Show "Perguntas sem resposta sobre o Complexo do Madeira". O programa, transmitido ao vivo pelo IG, às 18 horas, será um bate-papo com jornalistas e especialistas a partir do caso das hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antônio e Jirau, em Rondônia, e vai interagir com o público pelo chat do portal. No Talk Show, teremos ainda o lançamento nacional do livro "Águas Turvas: alertas sobre as conseqüências de barrar o maior afluente do Amazonas", organizado pela ONG International Rivers. O programa será apresentado pelo jornalista e diretor da ONG Amigos da Terra – Amazônia Brasileira, Roberto Sm

"Águas Turvas" : livro de Glenn Switkes foi lançado hoje no Congresso

A Frente Parlamentar Ambientalista recebeu hoje, no Congresso, as organizações ambientalistas Kanindé de Rondônia, International Rivers Network (IRN), Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), Amigos da Terra Amazônia Brasileira, ISA, WWF, Ecodata e SOS Mata Atlântica no evento de lançamento do livro "Águas Turvas" de Glenn Switkes. Estiveram presentes os deputados Gerson Peres (PA), Pedro Wilson (GO), Orlando Valverde (PT-RO) e Fernando Gabeira (PV-RJ).

Hidrelétrica Jirau

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O consórcio liderado pela Odebrecht entrou com recurso administrativo na Aneel para anular o leilão da Hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, do qual saiu derrotado. A mudança da localização do projeto de Jirau, pretendida pela Suez, levaria a usina 12,5 quilômetros rio abaixo. Fonte: Folha de S. Paulo Cachoeira do Jirau no Rio Madeira