Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Parecer Técnico do Ibama sobre os estudos de Belo Monte apontou dezenas de insuficiências e pediu complementações – Parte I

Imagem
Telma Monteiro O ex-Diretor de Licenciamento do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sebastião Custódio Pires, antes de deixar seu cargo, endereçou um ofício ao Diretor de Engenharia da Eletrobrás, em 25 de novembro de 2009, dois dias depois de emitido o parecer da equipe técnica do Ibama pedindo complementações aos estudos ambientais de Belo Monte. Nesse documento – 1251/2009 - ele informa com base no parecer 114/2009 que há necessidade de complementações ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA). Em 14 de dezembro a Eletrobrás enviou resposta em atendimento ao ofício 1251/2009, encaminhando um relatório com respostas e as respectivas "complementações" ao novo Diretor de Licenciamento Ambiental do Ibama, Pedro Alberto Bignelli. São dezenas de insuficiências apontadas pelos técnicos do Ibama no parecer de 23 de novembro de 2009, e que exigiriam dos empreendedores, novos estudos, modelagens matemáticas, pesquisas e embasamento ap

Parecer técnico do Ibama conclui que estudos ambientais das usinas do rio Parnaíba (PI) são insuficientes

A equipe técnica do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu parecer que conclui não terem sido atendidos os quesitos dos Termos de Referência (TRs) e que são insuficientes as informações do EIA/RIMA, para a emissão da Licença Prévia das cinco hidrelétricas planejadas para o rio Parnaíba (PI). “Assim, após checagem do atendimento ao Termo de Referência dos Estudos de Impacto Ambiental dos Aproveitamentos Hidrelétricos (AHEs) Cachoeira, Castelhano, Estreito, Ribeiro Gonçalves e Uruçuí e embasada pelo exposto ao longo deste documento, esta equipe técnica conclui que faltam informações fundamentais e imprescindíveis à aceitação para análise dos referidos Estudos.” Conclusão do Parecer N° 104/2009, de 07 de outubro de 2009. O Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) continua fazendo vítimas entre os rios brasileiros. A estatal Centrais Elétricas do Vale do São Francisco (Chesf), está licenciando cinco hidrelétricas no rio Parnaíb

Construção de mega-barragens desconsidera o verdadeiro potencial dos rios

Hidrelétricas como Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira ou Belo Monte no Xingu são projetos inaceitáveis hoje, mesmo que se caia na armadilha de discutir de onde virá a energia elétrica para suprir a demanda do futuro. Estudos do potencial hidrelétrico dos rios da Amazônia estão numa espécie de fila na Aneel, em fase de aprovação sem que sejam considerados os seus verdadeiros potenciais – turístico, pesqueiro, produção de alimento – essenciais à sobrevivência dos povos indígenas e das populações tradicionais. Saber os números que revelem a quantidade de energia que sobraria no Brasil, considerando inclusive o desperdício – falta de investimentos em programas de eficiência energética - e a perda, calculada em 20%, causada pelo sucateamento dos equipamentos e a sua obsolescência, poderia ser uma forma de (re)dimensionar e administrar a demanda futura. Faltam dados que identifiquem quais os segmentos que estão demandando mais energia e falta transparência da Empresa de Pesqui

Belo Monte: relatório do TCU aponta insuficiências nos estudos de viabilidade

A Secretaria de Obras do TCU (Secob) emitiu relatório sobre os estudos de Belo Monte onde aponta falhas importantes como a falta de confiabilidade dos levantamentos topográficos apresentados no Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), a insuficiência das imagens no estudo do reservatório e chamou atenção, principalmente, para as incertezas e variações nos volumes de escavação dos canais de derivação e de adução. A EPE terá que refazer os cálculos dos custos das obras civis e detalhar em planilhas para submeter à nova análise. Leia o artigo na íntegra... Telma Monteiro Investidores se organizam para formar consórcios e dividir Belo Monte depois da concessão da licença prévia e da “aprovação” do leilão pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Os chamados desenvolvedores dos Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) e dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) são as três maiores empreiteiras do Brasil – Odebrecht, Camar

“Iluminados” licenciam destruição do Xingu e aliviam custos para empresas privadas

Professor Oswaldo Sevá estudioso de hidrelétricas há 35 anos e do projeto Belo Monte há 22 anos O deputado Carlos Minc (PT), antes de ser Ministro do Meio Ambiente, foi Secretário Estadual do mesmo assunto e teve a oportunidade de salvar a “Cidade Maravilhosa” - Rio de Janeiro - de se tornar um lugar ainda mais poluído e sujeito a riscos de saúde devido ao material particulado de origem industrial. Mas ignorou as medições dos poluentes atmosféricos que mostravam o ar mais envenenado de todo o pais em vários pontos da Região metropolitana do Rio de Janeiro; concedeu sem mais delongas as Licenças Ambientais para a Petrobrás e seus sócios construírem, ao lado de dois raros rios ainda limpos que desembocam na Baia de Guanabara, um dos maiores pólos petroquímicos do Mundo, o Comperj. E no lado oposto da cidade, deu licença para a Vale e os alemães da Thyssen Krupp construírem, na beira da Baia de Sepetiba, uma das maiores siderúrgicas do Mundo. O presidente do Instituto

Licença Prévia de Belo Monte