O CORDEL DA ENERGIA Por Luiz Eduardo Corrêa Lima O tempo passa e todo dia, se precisa de mais energia. Energia para coisa boa e energia para porcaria. Energia que traz desgraça e energia que traz alegria. Energia que cresce as cidades, mas também destrói suas crias. Energia que desenvolve e energia que contraria. Dos vários tipos de energia há uns que são muito bons e outros que são bem pior, então temos que conhecer melhor. Tem a tal da Energia Eólica, que está contida no vento e dá para usar todo o tempo, em qualquer situação comum, com garantia e segurança, sem causar perigo algum. Também tem a Energia Solar, essa é mesmo boa de amargar, pois parece que nunca vai acabar, enquanto o rei sol brilhar. O sol, a nossa estrela imensa, é mesmo uma dádiva de Deus. O calor que ele manda ao planeta, desde o começo dos tempos é que mantém a vida na Terra e gera todo nosso alimento. Das pior, tem a Hidrelétrica, embora não cause poluição do ar. É ruim porque destrói a vegetação e tudo que
Querida telma:
ResponderExcluirAproveite o instante da polêmica para saber do ilustre prof Rogério Cezar se tem uma explicação razoável para a monumental diferença entre o custo da energia a ser gerada no Madeira e Belo Monte inferior a 8 centavos/Kwhora e o preço da tariva da Cemig de — pasme! — 58 centavos/Kwhora.
abaixo comentário sobre carros elétricos referente ao interessante artigo do não menos eminente prof Ildo Sauer:
POLÍTICA SUICIDA
Para um país que tradicionalmente emite pouco a substituição de parte da frota por carros elétricos pode ter pouco significado, uma vez que o remanescente — constituído por veículos a álcool — continua emitindo gazes poluentes em âmbito local. Curioso que um país dos mais bem aparelhados para utilização de carros elétricos não consiga ao menos aliviar o problema de circulação de veículos nas grandes cidades. Isso se deve a causas estruturais da economia provocadas por políticas suicidas: subsídios prolongados ao combustível aliado à penalização excessiva das tarifas de energia. Ao proceder assim o país está seguindo uma política exatamente o contrário da China. Subsidiar transporte e produção de comodities pode tornar alimentos mais baratos ao trabalhador, mas não produz empregos relevantes na agricultura e mineração que utiliza meios tecnológicos. Ao contrário, penalizar a produção industrial por meio de tarifas elevadas reduz a concorrência do país, justamente nas indústrias mais ocupadoras de mão de obra: alimentos, têxteis e manufaturas. O grande sucesso atribuído ao agro-negócio e mineração se deve aos subsídios ao combustível (álcool, diesel e gasolina) que tanto criticamos quando praticado pelos países industrializados. Estamos, sem o saber, ganhando a batalha, mas perdendo a guerra para os chineses e indianos.
Um exemplo bastante elucidativo ocorre no setor de consumo doméstico de eletricidade: somos lenientes com o uso de dispositivos anacrônicos como os chuveiros elétricos que foram induzidos pelo “mito” da eletricidade barata. Julgamos estar protegendo o trabalhador considerando o custo ridículo do equipamento (o chuveiro elétrico). Entretanto, segundo cálculo do Professor Goldemberg (Energia para o Desenvolvimento), o custo de capital do suprimento de energia equivalente, para o país como um todo, é cerca de três vezes maior. Se o suprimento fosse por aquecedores a gás, a economia para o consumidor seria de 50% e o custo de capital seria 1/5 do custo do tão propalado “aquecedor solar”, conforme demonstrado nos “PSs” abaixo:
1º PS: Você toma um banho de 10 minutos num chuveiro de 6000 Watts consumindo 1 Kwhora e paga uma conta de 0.45 x 1 ou 0.45 R$/banho.
Se o chuveiro fosse a gás (gasolina) pagaria 0.21 x 1 ou 0.21 R$/banho
Uma economia de 50% em relação ao consumo de eletricidade.
Nota: O aquecedor a gás custa 1/5 do aquecedor solar. Foi o mito da hidroeletricidade barata que perpetuou o uso dos anacrônicos chuveiros elétricos. Qual a razão de tanto encargo sobre energia que é fundamental para produção de bens básicos?
2º PS: Projetei um grupo gerador de reserva para um hospital e fiz a seguinte recomendação: “ligar o gerador a diesel e deixar a Cemig na reserva”. Sai muito mais em conta. Se as empresas praticassem esse tipo de informalidade e fizessem o mesmo certamente ganhariam dinheiro (provavelmente já estejam fazendo).