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Mostrando postagens de abril, 2010

Curto Circuito 30/04/2010

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Fomos enganados Depois do leilão de Belo Monte, o tal consórcio Norte Energia que ia perder e acabou ganhando, anda dizendo que tem condições de “otimizar” o projeto e reduzir os custos dos investimentos.(Fonte: O Globo) Só para entender: essa redução de custos teria algum efeito de redução no o preço que o governo pagaria pelo MW/h nos próximos 30 anos? O preço com deságio que venceu o leilão foi resultante dos cálculos com custos de investimentos de R$ 19 bilhões, aprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Então quem vai levar a vantagem dessa “otimização” pós leilão? Fomos enganados II Tolmasquim confirmou que os “benefícios” - as benesses fiscais - são concedidos aos projetos de energia no Brasil todo. Completou que é normal o BNDES financiar 80% de Belo Monte que teria uma das maiores taxas de retorno do mundo. Pelo que se soube em artigo na Folha ontem (29) o máximo que o BNDES poderia financiar num projeto seria 60%.

Curto Circuito

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A China torce por Belo Monte O assunto Belo Monte agora já atingiu outro patamar de gritaria. Os fabricantes de equipamentos para hidrelétricas já haviam feito acordos com as empreiteiras Camargo Corrêa e Odebrecht. Elas desistiram e eles ficaram a pé. Quem decide, agora, é o consórcio vencedor do leilão e os chineses podem ser sua preferência. O negócio era tão certo que Alstom e Bardella construíram suas fábricas em Rondônia para equipar Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira e, de quebra, fornecer para Belo Monte, também. (Fonte: O Estado de S. Paulo) Não conte com nosso esquecimento para destruir a Amazônia Belo Monte vai cair no esquecimento, segundo o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner. O governo está mesmo esperando a poeira abaixar para tocar com celeridade o processo de licenciamento de Belo Monte. Ele disse que "Não estou vendo mais ninguém questionando sobre os impactos ambientais e sociais das usinas de Santo Antonio e Jir

Tem alguma coisa errada com o mundo

Lula foi eleito pela Time o líder político mais influente do mundo. Essa escolha pode ter se dado sob algum efeito colateral provocado pelas diversas manifestações de estresse do planeta. Vulcão na Islândia com sua nuvem tóxica ou terremotos que têm assolado vários países em seqüência. Talvez a gripe AH1N1? O fato é que eleger como líder mundial um indivíduo que quer construir Belo Monte, mega- hidrelétrica, desconsiderando todos os impactos e injustiças já exaustivamente apontados e que destruiria um dos maiores monumentos naturais do planeta, só pode ter influências indetectáveis. O mundo não tem nada melhor a nos oferecer?

Belo Monte: Imagens da manifestação em Nova York

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Imagens da grande manifestação contra Belo Monte, ontem (28) em Nova York. Sigourney Weaver e indígenas americanos em frente à Missão Permanente do Brasil nas Organização das Nações Unidas (ONU). Fotos: Amazon Watch

Rio Madeira: autoritarismo energético em Jirau

Não satisfeito em mudar a localização da hidrelétrica Jirau, no rio Madeira, depois da concessão da Licença Prévia (LP) (2007), e do leilão (2008), o consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), liderado pela GDF Suez, gigante francesa de energia, está para fazer a terceira alteração no projeto original. Depois de concedida a Licença de Instalação (LI) (2009), o consórcio anunciou que estaria adicionando mais duas turbinas à usina de Jirau. Elas passaram de 44 para 46, com um incremento de 150 MW. Agora, o consórcio acaba de anunciar outra alteração em que pretende acrescentar outras 4 turbinas para gerar mais 300 MW. Resgatando os documentos que balizaram a outorga da Agência Nacional de Águas (ANA) para as usinas do Madeira, na Nota Técnica n.º 100/2006/GEREG/SOF-ANA referente a Jirau, consta que seriam 3 300 MW de potência instalada e 1908 MW/Médios. Os documentos da ANA são, inclusive, peças integrantes como anexos no edital de licitação para concessão de energia. Então, como s

Leilão de Belo Monte: uma armação

Entrevista especial com Telma Monteiro "Belo Monte poderia jamais ter saído do papel, não fosse a mentira. Se houver a confirmação de que a Aneel tomou conhecimento da liminar antes do início do leilão e desobedeceu a ordem judicial, o leilão poderá ser anulado", afirma a ambientalista. Confira a entrevista. “Belo Monte poderia jamais ter saído do papel, não fosse a mentira”, afirmou Telma Monteiro , à IHU On-Line . Na entrevista que segue, concedida, por e-mail, ela explica como aconteceu o polêmico leilão de Belo Monte, ocorrido na última terça-feira, 20-4-2010, e informa que a liminar para cancelar o leilão de venda de energia de Belo Monte, solicitada pelas organizações Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e Amigos da Terra Amazônia Brasileira , e aprovada pelo juiz Antonio Carlos Campelo , foi ignorada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - Aneel . “Acont

Belo Monte: o golpe do leilão

Telma Monteiro Crítica O leilão de compra de energia de Belo Monte teria que ter mais de um grupo concorrente na disputa. Odebrecht e Camargo Corrêa que estavam no controle de um dos grupos acabaram desistindo. Na última hora foi formado outro consórcio com nove empresas entre as quais a estatal Chesf e algumas empreiteiras menores. Esse novo consórcio serviria para legitimar o certame. A Andrade Gutierrez, uma das três grandes empreiteiras que, junto com Odebrecht e Camargo Corrêa, elaboraram os estudos de viabilidade técnico-econômica e o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) manteve-se na disputa liderando um consórcio. Estranhamente, o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez que, pela lógica, seria o vencedor, no qual todos apostavam, entrou para perder. Eles deram um lance para o Megawatt hora que não dava margem para ganhar o leilão. O azarão, grupo para tapar o buraco e dar uma falsa idéia de concorrência, acabou sendo o vencedor. Logo após a divulgação do vencedor do

Belo Monte: leilão de mentiras

Telma Monteiro O leilão para concessão de energia de Belo Monte foi marcado para 20 de abril, apesar de todos os impactos econômicos, ambientais e sociais que atingirão aquela região do rio Xingu e que foram apontados por especialistas, ONGs, movimentos sociais, povos indígenas e pelo próprio Ibama. Para completar, a data, um dia depois do Dia do Índio (19) e antes do feriado nacional (21) é uma escolha com um quê de desrespeito e de autoritarismo rançoso. O Ministério Público Federal (MPF), contrariando as ameaças feitas pela Advocacia Geral da União (AGU), ajuizou, em 08 de abril, duas Ações Civis Públicas (ACPs) contra a usina de Belo Monte e conseguiu liminar em uma delas (até agora) que suspendeu o leilão e anulou a Licença Prévia (LP), mas que já foi cassada. A Agência de Energia Elétrica (ANEEL) chegou a cancelar o leilão dizendo que obedecia à ordem judicial do juiz de Altamira que concedeu a liminar. No mesmo dia, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região ca

Pérolas sobre Belo Monte

O jornal Folha de São Paulo publicou hoje (18) um artigo do Presidente da EPE, Mauricio Tolmasquim, sobre Belo Monte. Abaixo algumas pérolas do texto: Ele atribui o desemprego de milhões de brasileiros, em 2001, ao apagão. Com esse discurso mentiroso, pretende-se justificar a necessidade da construção de Belo Monte para o desenvolvimento e planejar o uso do potencial hidrelétrico em terras indígenas, na Amazônia, para gerar energia; Escreveu sobre "compatibilizar interesse nacional e respeito às comunidades locais". Dá para acreditar? Esta realmente foi a melhor: "projeto sustenta um hidrograma aderente (SIC) à preservação da biodiversidade na área". Alguém já ouviu falar de “hidrograma aderente”? Sabe-se de hidrograma ecológico, mas "hidrograma aderente", não. Deve ser no estilo da "hidrelétrica sazonal' ou "usina plataforma". Esse pessoal do governo está cada vez mais criativo. Escreveu, também, que Belo Monte não afeta dir

Mentiras e verdades sobre Belo Monte

1. Saiba por que a energia gerada por Belo Monte não poderia ser considerada de uma fonte limpa Mentira - as autoridades do governo dizem que construir grandes hidrelétricas na Amazônia pode gerar uma energia limpa Verdade – a energia hidrelétrica não pode ser considerada limpa porque põe em risco a vida dos povos indígenas e das populações tradicionais; ameaça a biodiversidade e os ecossistemas; Mentira – a energia gerada por hidrelétricas é renovável Verdade – a energia gerada por hidrelétricas não é renovável como não é renovável a vida dos povos indígenas, a vida das populações tradicionais e a biodiversidade que sofrem os impactos de barragens; Mentira – o trecho do rio Xingu chamado Volta Grande não vai sofrer alterações com a vazão reduzida Verdade – na Volta Grande do Xingu a escassez da água em conseqüência da barragem no sítio Pimental vai levar à extinção de espécies de peixes, impedir a navegação dos ribeirinhos e indígenas, destruir a mata ciliar e criar pequenos lag