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Mostrando postagens de maio, 2011

Belo Monte, o calcanhar de Aquiles do governo

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Belo Monte, o calcanhar de Aquiles do governo. Entrevista especial com Telma Monteiro "Com a hidrovia Tapajós-Teles Pires-Juruena , o governo brasileiro pretende viabilizar a implantação de cerca de 20 mil quilômetros de malha hidroviária navegável, só na Amazônia", afirma a pesquisadora. Confira a entrevista “Os processos de Belo Monte e do rio Madeira são reflexos da apatia do brasileiro”. Esta é a conclusão a que a ativista ambiental Telma Monteiro chegou depois de lutar, por anos, contra a construção das hidrelétricas na região amazônica. Neste momento, Telma está na Holanda para apresentar às autoridades do governo holandês e representantes de organizações privadas um relatório que elaborou a respeito do interesse de empresas holandesas nas hidrelétricas e hidrovias planejadas nos rio Tapajós e Teles Pires . “O governo brasileiro pretende lançar mão dos recursos naturais

Belo Monte, Madeira e Tapajós: onde erramos?

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Xingu sem represas Hoje estou me despedindo do Brasil. Não, não vou embora para nunca mais voltar. Voltarei sim, espero. Mas vou com muitas preocupações neste momento de reflexão, que são sintomas dos meus pesadelos. Os processos de Belo Monte e do rio Madeira são reflexos da apatia do brasileiro. No Chile, a Patagônia tem merecido mais atenção que a Amazônia. Não que a Patagônia seja inferior em diversidade, jamais. Mas o planeta e os brasileiros dependem também da manutenção da vida na Amazônia. Telma Monteiro  Há uma frustração ao se comparar a intensidade do frenesi da indignação dos dois momentosos problemas ambientais da América do Sul. São aparatos quase simultâneos os protestos contra Belo Monte e contra as usinas planejadas na Patagônia. O primeiro em São Paulo, tímido sem exposição na mídia e o outro em Santiago, no Chile, caloroso, exposto na mídia internacional. Patagônia sem represas Imagem: energiaeficiente.com.br Tem alguma coisa errada com o brasileiro. Prim

Governo abre mão da proteção de floresta para construir as usinas do Tapajós

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Imagem: jotaparente.blogspot.com Telma Monteiro Ministério de Minas e Energia (MME) e Ministério do Meio Ambiente (MMA) estão preparando uma nova surpresinha para a Amazônia. Uma comissão interministerial formada pelos dois ministérios deverá terminar nos próximos dias um documento recomendando a redelimitação de áreas que são de interesse estratégico do Complexo hidrelétrico do Tapajós, no Pará. Fonte do ICMBio confirmou que depois de aprovado o documento, ele será transformado em uma Medida Provisória (MP) ou Projeto de Lei (PL) que efetivará a redelimitação. A data prevista para editar a nova lei é junho ou julho, para favorecer o início dos trabalhos da Eletronorte na região, ainda no período da seca. As áreas que serão desafetadas são aquelas que sofrerão a influência direta das usinas São Luiz, Jatobá no rio Tapajpos e Cachoeira dos Patos no rio Jamanxim.   Cerca de 140.000 hectares de florestas sairão do domínio da União para alimentar o apetite das obras do Plano de Acel

MPF quer informações oficiais sobre cumprimento das condicionantes de Belo Monte

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chargesdopiovan.blogspot.com Norte Energia tem prazo até sexta para informar quais intervenções físicas fez na região O Ministério Público Federal tenta desde o mês de abril, sem sucesso, obter informações oficiais e detalhadas sobre o cumprimento das condições prévias necessárias para prevenir os impactos sociais e ambientais da usina hidrelétrica de Belo Monte. Até agora, os procuradores só tiveram acesso a um documento de abril do Ibama que mostra que 59% dos projetos não foram concluídos. O Consórcio Norte Energia S.A, responsável pelas obras de preparação e pela obra da usina, alegou que a requisição exigia muitos documentos e pediu prazo de um mês para remeter a lista das intervenções físicas preparatórias. O prazo foi concedido parcialmente e se encerra na próxima sexta (20/05). Ao Ibama, o MPF havia solicitado cópia integral, assim que ficasse pronto, do relatório da última vistoria técnica feita na região que a usina vai impactar, entre os dias 12 e 14 de maio último

Belo monte de mentiras para jornalistas

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Telma Monteiro Ontem (17/05) tive a infeliz idéia de acompanhar o evento que a Secretaria de Comunicação da Presidência da República resolveu fazer para mostrar Belo Monte aos jornalistas. Só consegui que meu estômago tolerasse uma pequena parte dele.   O representante da Norte Energia, Luiz Rufato , disse em resposta a um dos jornalistas que a usina só vai produzir quando o rio Xingu tiver água. Quando não tiver água suficiente para fornecer o mínimo acertado para a Volta Grande, a usina não vai gerar energia. Pelo menos foi isso que entendi. Mas como sou leiga no assunto, eu gostaria de levantar uma dúvida: as máquinas (turbinas) podem parar, assim sem mais nem menos, quando a água não for suficiente para acioná-las? Outra resposta que achei muito interessante de Rufato foi sobre a colocação de réguas nas terras indígenas para que os índios monitorem a vazão do rio Xingu. Segundo ele, a pedido dos próprios. Interessante saber que se a vazão não estiver na medida certa, um indígen

MPF recomenda ao Ibama que não emita Licença de Instalação para Belo Monte

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Rio Xingu - Imagem  midiafree.com Procuradores alertam que antes de qualquer obra da usina, precisam ser realizadas as obras para prevenir e evitar impactos sociais e ambientais graves O Ministério Público Federal recomendou ao Ibama que não conceda Licença de Instalação para a usina de Belo Monte enquanto não forem cumpridas todas as condições que o próprio Ibama estabeleceu como essenciais à viabilidade social e ambiental do empreendimento. Para os procuradores da República que atuam no Pará, o cenário é de “total certeza sobre o não cumprimento de inúmeras condicionantes e sobre os danos que com isso serão causados caso seja expedida de forma precoce outra licença”. O último documento de trabalho dos técnicos do Ibama sobre o andamento das ações antecipatórias  - nas áreas da saúde, educação e saneamento – e sobre o atendimento das condicionantes mostra que a situação na região de Altamira continua muito precária. O material aponta que 59% dos planos, programas e projetos não

Nota de solidariedade ao Procurador Felício Pontes Junior

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Felício Pontes Junior Divulgação Telma Monteiro Nota Do Movimento Xingu Vivo - Comitê Metropolitano Em Defesa E Solidariedade Ao Procurador Da República Felício Pontes Junior E Ao Ministério Público Federal/Pa   O Movimento Xingu Vivo para Sempre - Comitê Metropolitano, fórum composto por dezenas de organizações, movimentos sociais, sindicais, estudantis, entre outros, vem a público expressar defesa e solidariedade irrestrita ao procurador da república Felício Pontes Junior e ao Ministério Público Federal (MPF) no Pará. A empresa Norte Energia S.A. (NESA) entrou com uma representação no Conselho Nacional do Ministério Público contra o procurador. A companhia pede seu afastamento das ações referentes a Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte, em decorrência dos artigos que ele publicou na internet sobre os processos judiciais envolvendo a barragem. Nestes artigos, o procurador denuncia os graves danos sociais, ambientais, econômicos, culturais e políticos que os povos do Xingu, o ri