Belo Monte: “dimensão fenomenal”

Passando pelas notícias da semana chamou-me a atenção a matéria de O Globo, assinada pela jornalista Lucila Beaurepaire, sobre Belo Monte. Ela entrevistou, em Paris, o presidente mundial da Suez que atribuiu à usina uma “dimensão fenomenal”.

“Dimensão fenomenal” são os impactos no rio Xingu, a remoção compulsória de milhares de pessoas, o risco à sobrevivência de povos indígenas e a violação dos direitos humanos que provocariam a construção da hidrelétrica Belo Monte.

O presidente da Suez disse que o Brasil representa 5% do faturamento da empresa, fez elogios à economia brasileira e ainda anunciou que estão interessados na geração de energia nuclear, se “as condições de regulação forem as mesmas das hidrelétricas”.

A jornalista que fez a entrevista teve a viagem paga pela Agência Francesa para o Desenvolvimento Internacional das empresas francesas (UBIFRANCE) e não fez uma tradução adequada da matéria. Na verdade o texto deveria informar que 5% do faturamento da Suez vêem da destruição dos recursos naturais do Brasil, que é fácil construir hidrelétricas no Brasil e, portanto, mantidas as mesmas regras também será fácil construir usinas nucleares no Brasil e que é muito rentável para a Suez gerar energia hidrelétrica no Brasil com o sacrifício de rios como o Madeira, Xingu e Tocantins. (TM)

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