Dropes da semana: FUNAI, Belo Monte, Lula e Edison Lobão

FUNAI diz que Belo Monte é viável

Em ofício ao presidente do IBAMA, Roberto Messias Franco, no último dia 14, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) considerou a usina de Belo Monte viável, em relação ao componente indígena do EIA.

Lamentavelmente, no Parecer Técnico n° 21 – Análise do Componente Indígena dos Estudos de Impacto Ambiental, de 30 de setembro, a FUNAI entende que cumpriu seu papel institucional no processo de esclarecimento e consulta junto às comunidades indígenas, mesmo consciente das inúmeras irregularidades no EIA.

Os indígenas reivindicam a consulta ao Congresso Nacional, segundo a conclusão do parecer e, mesmo assim, a FUNAI afirma que cumpriu o decreto legislativo 788/05 sobre as oitivas indígenas e endossou o projeto.

Numa postura irresponsável ou ingênua pede, no documento, a “garantia de que os impactos decorrentes da pressão antrópica sobre as terras indígenas serão devidamente controlados.” (TM)

Quem dará essa garantia?

“Medalhe de ouro do desenvolvimento”

“a gente nunca vai ganhar a medalha de ouro do desenvolvimento".
Lula, no evento de posse do novo Advogado Geral da União.

Lula já está competindo nos jogos do autoritarismo. Disse que “precisamos criar instrumentos como uma câmara de nível superior, tecnicamente inatacável”, para decidir sobre obras paralisadas devido a graves irregularidades. Parece que o TCU não é tecnicamente inatacável, os analistas ambientais do IBAMA, também, não são tecnicamente inatacáveis, o MPF não é tecnicamente inatacável, o CONAMA não é tecnicamente inatacável...(TM)

Edison Lobão & Gilmar Mendes

Segundo o Ministro de Minas Energia, Edison Lobão, em apoio a Lula, o país está travando devido aos órgãos de fiscalização [referindo-se aoTCU).

Hidrelétrica com obras paralisadas dez vezes só pode ser por falta de estudos sociais e ambientais decentes, ministro. Além do mais, tem sido detectado sobrepreço na previsão dos investimentos de muitas obras do PAC, como no caso da usina Baguari, inaugurada ontem (22) por Lula.

A falta de critério é do governo que não comprova para quê e para quem é toda essa energia que ele pretende gerar.

E para completar o coro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que o governo tem a maioria no Congresso e poderia “mudar essa situação" (TM)


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